segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Purnamadah Purnamidam - reflexão

imagem: Luis Camnitzer


Sou ser de luz emanando energia, como você.
Somos perfeitos.
Somos únicos.
Somos universo.

Nós somos universo,
sem tempo,
sem espaço
ou qualquer outra dimensão.
Somos yoga.
União.
Perfeição.

O amor é a liga.
É a água,
o alimento,
o espaço,
o tempo.

É o amor que nos leva a compreensão
dessa unidade perfeita
que nos constitui.

Por isso sinto um amor profundo por mim.
Sinto este amor,
tendo a consciência de que eu sou você.
Eu sou o mar.
Eu sou o rio.
Eu sou a mata.
A montanha.
Eu sou a vaca.
A galinha.
Eu sou o peixe.
Sou o fruto.
Eu sou a terra.
O fogo.
O ar.
Eu sou o universo.
Eu sou a Deusa.

Com essa consciência eu amo.
Amo profundamente
e continuarei amando.
Doando,
alimentando,
respirando,
plantando,
cultivando,
escutando,
observando,
buscando.

Eu e você
somos um só.
Somos perfeitos.
Somos perfeitos.

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A frase não é:
"O universo sabe o que faz", mas"eu sei o que faço", pois o universo somos nós.
Gratidão pela existência
Namastê

Josie Pontes, outono de 2017

domingo, 24 de julho de 2016

O encanto de Jaci


Quero que este abalo inabalável
me embale como uma dança boa
me elevando o espírito.

Quero que pulse um impulso
de um passo avulso
nos dias dos ritmos,
dos atritos,
dos figados aflitos.

Quero um dia de calmaria
agitando a minha alma.
Movente
no ventre.
Se atirando
no espaço entre.

Entre aqui e me diga
A causa da fadiga
do ritmo
desse meu labirinto!

Me diga
se ainda está faminto
de chamego,
de apego,
nesse atropelo do desejo!

Quero ouvir tua voz
sussurrando
soando
suando
Quando eu for deitar do teu lado

Quero te ver embalado
no embalo inabalável
dos olhos de Jaci

O resto me esqueci…
mas vou querendo,
mas vou movendo,
mas,
mais vou dançando por aqui.

Da série Poemas da Lua Cheia
Por Josie Pontes,
Inverno de 2016

sábado, 25 de junho de 2016

Eu, Grão de Mundo



Galaxias me mordam,
me engulam,
me traguem…
Desses mundos 
de dentro
de fora
vou vivendo
agora
após agora
Crio meus tempos
sem tempo
atentos!
vão lentos
se vão…
Eu mundo,
mordida,
engolida,
fodida.
Por Josie Pontes
Inverno de 2016

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Um fim de tarde de Janeiro




A luz que batia em tua pele era fosca.
Luz de fim de tarde,
maleável e romântica.

Eu observava os pelos louros e finos das tuas costas,
que dançavam com tua respiração.
Sentia vontades opostas.
Hora sim...
Hora não.

Eu observava a tua pele dormindo,
com meus dedos indo e vindo
ao som de um blues rasgado.
Fique sabendo que não te largo
nem por um minuto.

E como Cazuza cantou:
"Você tem exatamente
três mil horas pra parar de me beijar"
Mas não reclamo se o tempo passar,
contanto que me beije agora
e nas horas vagas me deixe te olhar.

da série poemas da Lua Cheia por Josie Pontes
janeiro de 2015