O som do quarto não
era dele está manhã,
mas de conversas
afora.
Não ouvi o quarto
respirar.
Não ouvi.
Só vozes e barulhos
de xícaras,
água escorrendo.
A respiração
estava muda
Muda não,
Baixa.
Não muda,
Inaudível
Agora a tarde
um som constante ao
fundo
não sei se de mim,
não sei se do
quarto,
não sei se da união
de nossa respiração.
Um som constante
faz contraste com o
ruído da vizinhança.
Respiro.
Aguardo a noite
chegar
talvez anoite
consiga ouvir o quarto respirando
como Yoko Ono
naquele outono de
63.
Josie Pontes, outono de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário